Gestão Integrada de Pragas – GIP: Revolucionando a Agricultura Sustentável no Brasil

Tempo de Leitura: 18 minutos
Descubra como a Gestão Integrada de Pragas (GIP) está transformando a agricultura brasileira, combinando inovação, sustentabilidade e produtividade para enfrentar os desafios do século XXI.

Índice do Conteúdo

A Gestão Integrada de Pragas (GIP) está transformando a agricultura brasileira, combinando inovação, sustentabilidade e produtividade para enfrentar os desafios do século XXI.

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Introdução: A Gestão Integrada de Pragas GIP no Cenário da Agricultura Moderna

A agricultura brasileira enfrenta desafios sem precedentes no século XXI. Com a crescente demanda por alimentos, as mudanças climáticas e a pressão por práticas sustentáveis, o controle de pragas emerge como um ponto crítico. Neste contexto, a Gestão Integrada de Pragas (GIP) se apresenta não apenas como uma solução, mas como uma revolução necessária [1].

A Gestão Integrada de Pragas – GIP, transcende o simples controle de pragas; ela representa uma mudança de paradigma na forma como concebemos a interação entre agricultura e ecossistemas. No Brasil, onde a agricultura desempenha um papel crucial na economia e na segurança alimentar, a adoção da GIP não é apenas uma opção, mas uma necessidade estratégica [2].

Este artigo explora em profundidade como a GIP está redefinindo a agricultura sustentável no Brasil, desde os conceitos fundamentais até as mais recentes inovações tecnológicas. Prepare-se para uma jornada através dos campos brasileiros, onde ciência, tecnologia e tradição se unem para criar um futuro agrícola mais resiliente e sustentável.

Qual diferença entre MIP e GIP: Manejo Integrado de Pragas e Gestão Integrada de Pragas?

O MIP e a GIP são estratégias de manejo de pragas com diferentes níveis de abrangência. Enquanto o MIP foca no controle da praga em si, utilizando métodos como controle cultural, biológico, químico e comportamental, a GIP abrange todos os aspectos relacionados à gestão da praga, desde o planejamento e organização até a avaliação dos resultados. A GIP se aplica a diferentes contextos, como agricultura, saúde pública e ambiente urbano, adaptando-se às necessidades específicas de cada sistema.

CaracterísticasMIP – Manejo Integrado de PragasGIP – Gestão Integrada de Pragas
FocoControle da pragaGestão de todos os fatores relacionados à praga
AbrangênciaMais específicoMais amplo
ÊnfaseMétodos de controlePlanejamento, organização e controle das atividades
AplicaçãoPrincipalmente na agriculturaAgricultura, saúde pública, ambiente urbano
MonitoramentoSimSim
PrevençãoSimSim
Avaliação de RiscosSimSim
Tomada de DecisãoSimSim
Fonte: Promip

O que é Gestão Integrada de Pragas? Uma Visão Holística

A Gestão Integrada de Pragas (GIP) é uma abordagem ecossistêmica para a produção agrícola, que combina diferentes estratégias de manejo para cultivar safras saudáveis, minimizando o uso de pesticidas e outros insumos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana [3].

Características Fundamentais da Gestão Integrada de Pragas – GIP:

  1. Abordagem Sistêmica: Considera o agroecossistema como um todo, não apenas as pragas isoladamente.
  2. Múltiplas Táticas de Controle: Integra métodos biológicos, culturais, físicos e químicos.
  3. Sustentabilidade: Prioriza práticas que promovem o equilíbrio ecológico a longo prazo.
  4. Monitoramento Contínuo: Utiliza tecnologias avançadas para acompanhar as populações de pragas e inimigos naturais.
  5. Tomada de Decisão Baseada em Evidências: Emprega o conceito de Nível de Dano Econômico (NDE) para orientar intervenções.

💡 Insight: A GIP não busca a eliminação total das pragas, mas sim manter suas populações abaixo do nível de dano econômico, preservando o equilíbrio do ecossistema agrícola.

Os 8 Princípios da Gestão Integrada de Pragas – GIP: Fundamentos para uma Agricultura Sustentável

A GIP se baseia em oito princípios fundamentais que orientam sua implementação. Vamos explorar cada um deles em detalhes, com exemplos práticos do contexto brasileiro:

o monitoramento presencial é um dos fatores de maior importância na metodologia de gestão integrada de pragas

1. Prevenção e Supressão

Definição: Adotar medidas proativas para evitar o surgimento e proliferação de pragas.

Exemplo Prático: Na cultura da soja no Cerrado brasileiro, a rotação com milho ou algodão reduz a incidência de nematoides em até 70% [4].

2. Monitoramento e Identificação

Definição: Realizar inspeções regulares para avaliar a presença e nível de pragas, bem como de inimigos naturais.

Caso de Sucesso: O uso de armadilhas com feromônios para monitorar a broca-do-café (Hypothenemus hampei) em Minas Gerais reduziu as aplicações de inseticidas em 50% [5].

3. Tomada de Decisão Baseada em Monitoramento

Definição: Basear as intervenções em dados concretos de monitoramento, considerando o Nível de Dano Econômico (NDE).

Exemplo Inovador: Agricultores em São Paulo utilizam aplicativos móveis para registrar dados de monitoramento e receber recomendações em tempo real [6].

4. Métodos Não Químicos

Definição: Priorizar métodos biológicos, físicos e outros não químicos para o controle de pragas.

Caso Prático: O controle biológico da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) com a vespa Trichogramma pretiosum em milho reduziu o uso de inseticidas em 70% no Paraná [7].

5. Seleção de Pesticidas

Definição: Quando necessário, escolher produtos com menor impacto ambiental e mais específicos para a praga-alvo.

Inovação Brasileira: Desenvolvimento de biopesticidas à base de Bacillus thuringiensis para controle de lagartas em soja, reduzindo resíduos químicos [8].

6. Redução do Uso de Pesticidas

Definição: Aplicar pesticidas apenas o necessário para manter as pragas sob controle, evitando aplicações preventivas.

Resultado Significativo: A implementação da Gestão Integrada de Pragas – GIP em citros em São Paulo reduziu o número de aplicações de pesticidas de 24 para 8 por safra [9].

7. Estratégias Anti-resistência

Definição: Alternar métodos e produtos para prevenir o desenvolvimento de resistência em pragas.

Estratégia Eficaz: Rotação de modos de ação de inseticidas no controle da mosca-branca (Bemisia tabaci) em algodão no Mato Grosso, mantendo a eficácia do controle por mais tempo [10].

8. Avaliação

Definição: Verificar regularmente a eficácia das medidas de GIP aplicadas e fazer ajustes quando necessário.

Prática Inovadora: Uso de drones e imagens de satélite para avaliar a saúde das culturas e a eficácia das estratégias de Gestão Integrada de Pragas – GIP em grandes propriedades no oeste da Bahia [11].

O Nível de Dano Econômico (NDE) na GIP: Tomada de Decisão Precisa

O Nível de Dano Econômico é um conceito central na GIP, definindo o ponto em que o custo do controle se iguala ao valor das perdas potenciais. Vamos aprofundar este conceito crucial:

Cálculo do NDE:

A fórmula básica para o NDE é:

NDE = C / (V × I × D)

Onde:

  • C = Custo do controle por unidade de área
  • V = Valor de mercado da produção por unidade de área
  • I = Unidades de injúria por praga
  • D = Dano causado por unidade de injúria

Variações do NDE:

O NDE não é um valor fixo e pode variar significativamente dependendo de diversos fatores:

  1. Cultura: Diferentes culturas têm tolerâncias distintas a danos.
  2. Estágio Fenológico: A sensibilidade da planta varia ao longo de seu desenvolvimento.
  3. Condições Ambientais: Estresse hídrico ou térmico pode alterar a tolerância da planta.
  4. Preço de Mercado: Flutuações nos preços dos produtos agrícolas afetam diretamente o NDE.
a tecnologia de inspeção com apoio de tablets, celulares e leitires de imagem são uma grande força para técnicos e gestores de áreas de cultivo na Gestão Integrada de Pragas.

Exemplo Prático: NDE na Soja Brasileira

Considerando uma lavoura de soja no Mato Grosso:

  • Custo de controle: R$ 100/ha
  • Valor da soja: R$ 150/saca
  • Produtividade média: 60 sacas/ha
  • Cada lagarta consome 10g de folhas em sua vida
  • Perda de 1 saca/ha ocorre com 600g de consumo foliar

NDE = 100 / (150 × 60 × 1/600) ≈ 6,67 lagartas/m²

Isso significa que o controle só é economicamente viável quando a população de lagartas atinge aproximadamente 7 por metro quadrado.

🔬 Nota Técnica: O uso de tecnologias como sensoriamento remoto e inteligência artificial está permitindo cálculos de NDE mais precisos e dinâmicos, adaptando-se às condições específicas de cada talhão [12].

Tipos de Gestão Integrada de Pragas – GIP no Contexto Brasileiro: Adaptação à Diversidade Agrícola

A diversidade agrícola do Brasil exige abordagens específicas de GIP para diferentes culturas e regiões. Vamos explorar alguns tipos principais:

1. GIP em Culturas Anuais

Culturas: Soja, milho, algodão, feijão

Características:

  • Rotação de culturas como estratégia-chave
  • Monitoramento intensivo durante períodos críticos
  • Uso de variedades resistentes

Caso de Sucesso: Na soja RR no Paraná, a implementação da GIP reduziu o uso de inseticidas em 50% e aumentou a produtividade em 10% [13].

2. Gestão Integrada de Pragas em Culturas Perenes

Culturas: Citros, café, maçã

Estratégias:

  • Manejo do ambiente do pomar/cafezal
  • Controle biológico a longo prazo
  • Uso de feromônios para confusão sexual de pragas

Inovação: Em pomares de maçã em Santa Catarina, o uso de drones para liberação de inimigos naturais reduziu o uso de acaricidas em 70% [14].

3. Gestão Integrada de Pragas em Hortaliças

Culturas: Tomate, pimentão, alface

Abordagens:

  • Uso intensivo de controle biológico
  • Barreiras físicas (estufas, telas)
  • Manejo nutricional para aumentar resistência das plantas

Resultado Notável: Em cultivos de tomate orgânico no Espírito Santo, a GIP aumentou a produtividade em 30% e reduziu perdas por pragas em 60% [15].

4. Gestão Integrada de Pragas em Grãos Armazenados

Aplicação: Silos e armazéns

Técnicas:

  • Monitoramento com armadilhas e sensores
  • Controle da temperatura e umidade
  • Uso de terra de diatomáceas e outros métodos físicos

Impacto Econômico: A implementação de Gestão Integrada de Pragas – GIP em armazéns de milho no Centro-Oeste reduziu perdas de 10% para menos de 1%, economizando milhões anualmente [16].

a realidade aumentada tem sido vital nas capacitações e treinamentos da Gestão Integrada de Pragas

Educação e Treinamento: A Base do Sucesso da Gestão Integrada de Pragas – GIP

A implementação eficaz da GIP depende fundamentalmente da capacitação de agricultores, técnicos e extensionistas. No Brasil, diversas iniciativas estão transformando o cenário da educação em Gestão Integrada de Pragas – GIP:

Programas de Capacitação

  1. Embrapa Hortaliças: Oferece cursos presenciais e online sobre GIP em hortaliças, capacitando mais de 5.000 produtores anualmente [17].
  2. SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural): Programa de formação continuada em GIP, com módulos práticos em diferentes culturas [18].
  3. Universidades Agrícolas: Integração de princípios de GIP nos currículos de agronomia e cursos de extensão para profissionais.

Inovações em Treinamento

  • Realidade Virtual: Uso de simuladores VR para treinamento em identificação de pragas e aplicação de técnicas de GIP.
  • Plataformas de E-learning: Cursos online com certificação, permitindo acesso a conhecimento atualizado em áreas remotas.
  • Aplicativos Móveis: Ferramentas de apoio à decisão e guias de campo interativos para identificação de pragas e inimigos naturais.

Impacto do Treinamento

Um estudo conduzido pela Embrapa em 2022 mostrou que produtores treinados em Gestão Integrada de Pragas – GIP:

  • Reduziram o uso de pesticidas em 40%
  • Aumentaram a produtividade em 15%
  • Melhoraram a qualidade dos produtos, com 30% menos resíduos de agrotóxicos [19]

💡 Dica: Invista em capacitação contínua. O conhecimento em GIP evolui rapidamente, e manter-se atualizado é crucial para o sucesso.

Tecnologias Emergentes na GIP: O Futuro Chegou

A revolução tecnológica está transformando a GIP, tornando-a mais precisa, eficiente e sustentável. Vamos explorar algumas das inovações mais promissoras:

1. Inteligência Artificial e Machine Learning

Aplicações:

  • Identificação automática de pragas através de imagens
  • Previsão de surtos baseada em dados históricos e condições ambientais
  • Otimização de estratégias de controle

Caso Brasileiro: A startup AgTech Tarvos desenvolveu um sistema de IA que identifica pragas em soja com 95% de precisão, reduzindo o tempo de diagnóstico de horas para minutos [20].

A startup AgTech Tarvos desenvolveu um sistema de IA que identifica pragas em soja com 95% de precisão
Fonte: Agtech Tarvos recebe aporte financeiro de R$ 5 milhões de aceleradores – Portal Máquinas Agrícolas

2. Drones e Sensoriamento Remoto

Funcionalidades:

  • Mapeamento de áreas infestadas
  • Aplicação localizada de biopesticidas
  • Liberação de inimigos naturais

Inovação Nacional: A Embrapa desenvolveu um drone equipado com câmeras multiespectrais capaz de detectar infestações de nematoides em soja antes dos sintomas visíveis [21].

3. Internet das Coisas (IoT) na Agricultura

Benefícios:

  • Monitoramento em tempo real de condições ambientais
  • Alertas precoces de infestações
  • Integração de dados para tomada de decisão

Projeto Pioneiro: O “AgroSmart Cerrado” utiliza uma rede de sensores IoT para monitorar pragas em 100.000 hectares de soja, reduzindo o uso de pesticidas em 30% [22].

4. Edição Genética e Novas Variedades Resistentes

Avanços:

  • Desenvolvimento de plantas com resistência aprimorada a pragas
  • Criação de variedades adaptadas a condições climáticas extremas

Pesquisa Brasileira: Cientistas da USP estão utilizando CRISPR para desenvolver variedades de feijão resistentes ao mosaico-dourado, uma das principais pragas da cultura [23].

5. Biopesticidas de Nova Geração

Características:

  • Maior eficácia e estabilidade
  • Formulações nanotecnológicas para liberação controlada
  • Produtos específicos para o controle de pragas resistentes

Inovação da Indústria: A empresa brasileira BUG Agentes Biológicos desenvolveu um biopesticida à base de fungos que controla o percevejo-marrom da soja, reduzindo o uso de químicos em 60% [24].

Impactos Econômicos e Produtivos da Gestão Integrada de Pragas – GIP no Brasil

A adoção da GIP tem gerado impactos significativos na agricultura brasileira, tanto em termos econômicos quanto produtivos. Vamos analisar alguns dados concretos:

Redução de Custos

  • Insumos: Diminuição média de 30-50% nos gastos com pesticidas [25].
  • Mão de Obra: Redução de 20% no tempo dedicado ao manejo de pragas [26].

Aumento da Produtividade

  • Soja: Incremento médio de 10-15% na produtividade em áreas com GIP [27].
  • Hortaliças: Aumento de até 25% na produção de tomate e pimentão [28].

Qualidade e Valor Agregado

  • Resíduos: Redução de 40% nos níveis de resíduos de pesticidas em frutas e hortaliças [29].
  • Certificações: Aumento de 30% no número de propriedades certificadas em produção integrada [30].

Sustentabilidade Econômica

  • Rentabilidade: Aumento médio de 20% na margem de lucro para produtores que adotam Gestão Integrada de Pragas – GIP [31].
  • Acesso a Mercados: Crescimento de 35% nas exportações de produtos com baixo resíduo de pesticidas [32].

💹 Dado Econômico: Um estudo da EMBRAPA estimou que a adoção ampla da Gestão Integrada de Pragas no Brasil poderia gerar uma economia anual de R$ 5 bilhões em custos com pesticidas e um aumento de R$ 10 bilhões no valor da produção agrícola [33].

Desafios e Oportunidades da Gestão Integrada de Pragas no Brasil

Apesar dos avanços significativos, a implementação da GIP no Brasil ainda enfrenta desafios consideráveis. No entanto, cada desafio também apresenta oportunidades para inovação e crescimento:

Desafios:

  1. Resistência à Mudança: Muitos agricultores ainda hesitam em abandonar práticas convencionais de controle de pragas. Oportunidade: Desenvolvimento de programas de demonstração e incentivos econômicos para adoção da GIP.
  2. Falta de Conhecimento Técnico: Carência de profissionais especializados em GIP em algumas regiões. Oportunidade: Expansão de programas de treinamento e parcerias com universidades para formação de especialistas.
  3. Adaptação a Diferentes Biomas: O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas, exigindo abordagens de GIP específicas. Oportunidade: Pesquisa e desenvolvimento de estratégias de GIP adaptadas a cada bioma brasileiro.
  4. Custo Inicial de Implementação: Algumas tecnologias de GIP requerem investimento inicial significativo. Oportunidade: Criação de linhas de crédito específicas para adoção de práticas de GIP.
  5. Regulamentação de Biopesticidas: Processo de registro ainda complexo e demorado. Oportunidade: Revisão e simplificação da legislação para incentivar o desenvolvimento de produtos biológicos.
a tecnologia de inspeção com apoio de tablets, celulares e leitires de imagem são uma grande força para técnicos e gestores de áreas de cultivo na Gestão Integrada de Pragas.

Iniciativas Promissoras:

  1. Programa Nacional de Bioinsumos: Lançado em 2020, visa fomentar o uso de produtos biológicos na agricultura [34].
  2. Rede de Laboratórios para GIP: Parceria entre Embrapa e universidades para pesquisa e desenvolvimento de soluções regionais [35].
  3. Plataforma AgroAPI: Sistema da Embrapa que integra dados climáticos, de solo e de pragas para apoiar a tomada de decisão em GIP [36].
  4. Programa de Incentivo à GIP: Algumas cooperativas agrícolas oferecem bonificações para produtores que adotam práticas de GIP [37].
  5. Certificação em GIP: Desenvolvimento de selos de qualidade para produtos cultivados com práticas de GIP, agregando valor no mercado [38].

Conclusão: Gestão Integrada de Pragas – GIP como Pilar da Agricultura Sustentável no Brasil

A Gestão Integrada de Pragas emerge não apenas como uma técnica agrícola, mas como um paradigma fundamental para o futuro da agricultura brasileira. Ao longo deste artigo, exploramos como a GIP está transformando campos, pomares e plantações em todo o país, conciliando produtividade, sustentabilidade e inovação.

Os benefícios da Gestão Integrada de Pragas são claros e multifacetados:

  • Redução significativa no uso de pesticidas
  • Aumento da produtividade e qualidade dos produtos
  • Preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos
  • Melhoria da saúde do solo e da água
  • Incremento na rentabilidade e competitividade do agronegócio brasileiro

No entanto, o caminho para a adoção generalizada da Gestão Integrada de Pragas – GIP ainda apresenta desafios. A educação continuada, o investimento em pesquisa e desenvolvimento, e políticas públicas de incentivo são cruciais para superar estas barreiras.

À medida que o Brasil se posiciona como líder global em agricultura sustentável, a Gestão Integrada de Pragas se torna uma ferramenta indispensável. Ela não apenas atende às demandas crescentes por alimentos seguros e de qualidade, mas também alinha a produção agrícola com os objetivos de desenvolvimento sustentável e preservação ambiental.

O futuro da agricultura brasileira é verde, tecnológico e integrado. A GIP é o caminho para esse futuro, permitindo que o Brasil alimente o mundo de forma responsável e sustentável. Cada agricultor, pesquisador e consumidor tem um papel nesta transformação. Juntos, podemos cultivar um futuro onde a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente caminhem lado a lado.

Você está pronto para fazer parte desta revolução verde? A Gestão Integrada de Pragas é mais do que uma técnica; é um compromisso com um futuro agrícola mais inteligente, sustentável e próspero para todos.

Perguntas Frequentes

  1. Q: A Gestão Integrada de Pragas – GIP elimina completamente o uso de pesticidas químicos? A: Não necessariamente. A GIP visa reduzir significativamente o uso de pesticidas, mas pode incluí-los como parte de uma estratégia integrada quando outras medidas não são suficientes.
  2. Q: Quanto tempo leva para ver resultados significativos com a implementação da Gestão Integrada de Pragas – GIP? A: Os resultados podem variar, mas geralmente são observados ao longo de uma ou duas safras completas. Alguns benefícios, como a redução imediata no uso de pesticidas, podem ser notados mais rapidamente.
  3. Q: A Gestão Integrada de Pragas – GIP é mais cara que o controle convencional de pragas? A: Inicialmente, pode haver custos de implementação, mas a longo prazo, a GIP tende a reduzir custos com insumos e aumentar a rentabilidade da produção.
  4. Q: Como a Gestão Integrada de Pragas – GIP se adapta às mudanças climáticas? A: A GIP é uma abordagem flexível que incorpora monitoramento constante e adaptação. Isso permite ajustes nas estratégias de controle conforme as condições climáticas mudam.
  5. Q: Existem incentivos governamentais para a adoção da Gestão Integrada de Pragas – GIP no Brasil? A: Sim, existem diversos programas de incentivo, como linhas de crédito específicas e programas de certificação que valorizam práticas sustentáveis, incluindo a GIP.

Glossário de Termos Técnicos

  • Nível de Dano Econômico (NDE): Ponto em que o custo do controle de pragas se iguala ao valor das perdas potenciais.
  • Controle Biológico: Uso de organismos vivos para controlar pragas.
  • Biopesticidas: Pesticidas derivados de materiais naturais como animais, plantas, bactérias e certos minerais.
  • Feromônios: Substâncias químicas produzidas por insetos para comunicação, usadas em armadilhas e monitoramento.
  • Rotação de Culturas: Prática de alternar diferentes tipos de culturas na mesma área ao longo do tempo.
  • Manejo da Resistência: Estratégias para prevenir ou retardar o desenvolvimento de resistência a pesticidas em populações de pragas.
  • Monitoramento Integrado: Uso combinado de diferentes técnicas de observação e coleta de dados sobre pragas e condições ambientais.
  • Agroecossistema: O ecossistema agrícola, incluindo as culturas, pragas, inimigos naturais e o ambiente circundante.

Recursos Adicionais

Bibliografia

[1] FAO. (2021). Integrated Pest Management in the global context. Food and Agriculture Organization of the United Nations.

[2] MAPA. (2020). Plano Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Sustentável. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

[3] Kogan, M. (1998). Integrated pest management: historical perspectives and contemporary developments. Annual Review of Entomology, 43(1), 243-270.

[4] Embrapa. (2019). Manejo Integrado de Pragas na cultura da soja. Circular Técnica 145.

[5] Oliveira, C. M., et al. (2018). Armadilhas com feromônios no manejo da broca-do-café. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 53(12), 1321-1328.

[6] AgTech Garage. (2021). Mapeamento de startups agtech no Brasil.

[7] Parra, J. R. P., et al. (2019). Controle biológico na prática: implementação em larga escala na cultura do milho. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, 18(1), 1-11.

[8] CTNBio. (2020). Parecer Técnico nº 6.953/2020 – Aprovação comercial de soja Bt.

[9] Fundecitrus. (2021). Relatório de Gestão 2020-2021.

[10] ABRAPA. (2020). Relatório de Sustentabilidade do Algodão Brasileiro.

[11] Embrapa. (2022). Agricultura digital: pesquisa, desenvolvimento e inovação nas cadeias produtivas.

[12] Carvalho, F. P. (2017). Pesticides, environment, and food safety. Food and Energy Security, 6(2), 48-60.

[13] IAPAR. (2021). Boletim técnico: Manejo Integrado de Pragas na soja.

[14] EPAGRI. (2020). Relatório Anual de Pesquisa em Fruticultura.

[15] INCAPER. (2019). Programa Estadual de Agricultura Orgânica.

[16] Conab. (2021). Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos.

[17] Embrapa Hortaliças. (2022).

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